As dúvidas sobre alongamento são frequentes e comuns. Qual a melhor forma de alongar? Por quanto tempo? Antes ou depois dos exercícios?
A má notícia é que, infelizmente, ainda não temos todas as respostas. Porém irei responder baseado no que acredito baseado em minha experiência profissional e também como “atleta”.
Algumas definições importantes:
diferença entre flexibilidade, alongamento e flexionamento :
Flexibilidade: “É qualidade física responsável pela execução voluntária de um movimento de amplitude angular máxima, por articulação ou conjunto de articulações, dentro dos limites morfolóligos, sem risco de provocar lesão.”
Alongamento: “Forma de trabalho que visa a manutenção dos níveis de flexibilidade obtidos e a realização dos movimentos de amplitude normal com o mínimo de restrição física possível ”
Flexionamento: “forma de trabalho que visa obter uma melhora da flexibilidade através da viabilização de amplitudes de arcos de movimento articular superiores às originais”
Sendo assim, o trabalho de alongamento simplesmente mantém a flexibilidade. A flexibilidade só é melhorada com a pratica de flexionamento.
Tipos de alongamento
Método ativo ou dinâmico:utiliza movimentos rápidos que geram uma mudança no comprimento do músculo e do tecido conjuntivo. O membro é movimentado até que se perceba um leve estiramento e retornar o membro a posição inicial. Deve-se evitar o alongamento dinâmico muito vigoroso, pois poderá produzir lesões e dores musculares.
Método passivo ou estático: o membro é levado até o ponto no qual se percebe uma leve sensação de alongamento que deve ser mantido de 15 a 30 segundos. O alinhamento correto do membro é fundamental para que os tecidos sejam alongados sem qualquer risco de lesões. Vale ressaltar que o alongamento deve ser suave, sem causar dor.
Método de facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP): Esse método foi inicialmente criado para fins terapêuticos. São utilizadas técnicas que envolvem contração e relaxamento de grupos musculares antagonistas.
Alongar-se previne lesões?
Não existem evidências que mostrem uma relação entre a prática de alongamentos e a prevenção de lesões. No entanto, deve-se levar em conta o tipo de atividade física que o indivíduo pratica. Por exemplo: a atividade de uma ginasta depende de uma grande flexibilidade, a de uma corredor não. Por isso para um ginasta um trabalho prévio de alongamento pode ser benéfico, e para um corredor irrelevante.
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Alongar ou aquecer ?
Depende do tipo de atividade física. Continuando no exemplo do ginasta e do corredor. O aquecimento de um ginasta pode envolver a prática de alguns alongamentos específicos, pois estes atletas precisam realizar movimentos de grande amplitude. Já, para o corredor, um bom aquecimento é suficiente.
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Flexibilidade e Musculação
Musculação e flexibilidade são trabalhos antagônicos, porém devem caminhar juntos. Uma vez que, musculação tem uma tendencia a provocar encurtamento muscular e diminuir os arcos de movimento.
Um arco de movimento diminuído, prejudica o ganho de força gerado pela musculação.
Os treinos de flexibilidade devem ser intercalados com os treinos de musculação. Assim os benefícios dos dois tipos de exercício são melhores aproveitados pelo corpo.
Concluindo, é fundamental ter um acompanhamento de um profissional que entenda as demandas de cada modalidade esportiva para criar um programa de alongamento de acordo com a necessidade do atleta.
Thiago Medeiros Rodriguez
CREFITO 3/125946-F